Ao Companheiro Fi (d) el


"Agora compreendo que meu destino não era vir ao mundo para descansar ao final da vida"

Fidel Castro – Havana 2003.





Sou poeta de um tempo

dos olhares apenas distantes

rodeado pelas mesquinharias repugnantes

dos intitulados semideuses de batalhas insignificantes e etéreas



Capitalistas burgueses

no seu pior sentido da palavra

inóspitos, podres, pobres

senhores estúpidos em pele de nobres



Sou profeta de um mundo

que ainda há de ver dia

a vitória dos ditos vagabundos

contra os “Aquiles” da tirania



Padecendo pela flechada de misericórdia

será o fim desta hipócrita corja

feridos no calcanhar que tanto esbordam

esvaindo o egoísmo no sangue dos que choram



Serei ao fim talvez somente um marginal errante

um revolucionário delirante um pobre sonhador

mas quem saiba valha-me Deus estar vivo neste instante

onde os humildes não mais sentirão tamanha dor



Carrego minha sina

brasileira severina

o meu corpo é meu cajado

minha sede de mudança, minh´alma latina



Gritem por todos os lados

putrefatos que me chamam de puto

dos fatos e furtos que não ganha nenhum puto

pela perene poesia prescrita



Chamem-me de pecado sujo e mal lavado

do simples resto dos trapos

mas esquecem das torturas que com todo cuidado

foram para o povo enterrado e que não foram ditas



Mas Oxalá que me guie

chega semideuses diabos

Hades que lhes cuide



Serei sempre a droga antidepressiva e constante

dos amantes dos outro lado

sou a Esquerda do coração dos desvairados

e o alimento de esperança dos sedentos



Sigo em frente em meu destino

com a foice o martelo e a espada

enquanto a Direita no descaminho injusto

só em ouros se sente amada



Sim

sou o nascimento dos seus erros

tantas vezes fui apedrejado no meio

mas serei vitorioso no fim



Enfim seguindo largos passos

entre batalhas e descompassos

hei de gritar um dia assim



Semideuses hei de ver o dia

sua ignóbil e escrupulosa burguesia

quebrar-se como jamais havia



De ti restará nem mesmo o pó

serei igual na vida na pele na sorte

meu mundo é de todos não vivo só

nascerei para a vida e não para a morte.

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